sábado, 21 de agosto de 2010

AGORA OS ÁCAROS SÃO VERDES

ESPÉCIES ARQUEROSAS SE TORNAM ALIADAS DO HOMEM NA BUSCA DA SUSTENTABILIDADE.

Eles são nojentos e, quase sempre, associados a coisas nada agradáveis. Porém, à medida que avançam os estudos da Biologia, aumenta a capacidade humana de controlar espécies como essas. Com isso, elas podem ser colocadas a serviço do homem, e se tornam aliadas na busca pela sustentabilidade. Conheça alguns casos interessantes:
>Ácaros na lavoura: A empresa holandesa Koppert trabalha com controle biológico de plantações há 43 anos. Atualmente, um de seus projetos é um ácaro eficiente no combate de pragas em plantações de regiões com clima temperado.
>Bactérias fashion: A Genomatica, empresa americana, descobriu que dá para fabricar várias coisas com o 1,4-butanidol, excretado por bactérias E. coli geneticamente modificadas. Eles fazem desde peças automotivas e produtos farmacêuticos até spandex, material usado na confecção de roupas. Os preços são os mesmos dos atuais métodos, que usam combustíveis fósseis.
>Limpando o ralo: Quando aquelas pequeninas moscas começam a tomar conta do banheiro, é hora de limpar o ralo. Os laboratórios Roebic desenvolveram um produto para isso. É um concentrado hidrossolúvel de bactérias, capaz de digerir gorduras, óleos, proteínas e sabões. A aplicação é feita em redor do ralo de 3 em 3 meses.
>Vespas que comem pragas: Em 2004, a empresa Bug inaugurou o mercado brasileiro de agentes biológicos com a proposta de colocar microvespas para fazer o serviço dos agrotóxicos. Elas localizam e comem as pragas nas plantações de soja, milho, cana e algodão. "O controle biológico é um processo irreversível e crescente em todo o mundo", diz o agrônomo Danilo Pedrazzoli, criador da Bug. "Os estudos estão avançando rapidamente".
Fonte: Revista Super Interessante - 55 tendências - nº 269

domingo, 1 de agosto de 2010

DESERTO DO SAARA ELÉTRICO

Nas regiões áridas do Norte da África e do Oriente Médio pode estar a solução para dois desafios globais: o subdesenvolvimento dos países da região e a demanda por energia limpa na Europa.
Essa é a ideia do DESERTEC, o maior projeto de energia limpa do mundo, que vai transformar o sol que aquece o deserto em eletricidade para a Europa.
A empreitada prevê a instalação de dezenas de usinas solares e a exploração de outras fontes renováveis de energia, além de uma rede de cabos com uma tecnologia que permite a transmissão de eletricidade por milhares de quilômetros. Ao preço de R$ 680 bilhões, o projeto deve produzir, além do suprimento de 15% da energia consumida pelos europeus, um belo empurrão no desenvolvimento. A iniciativa foi lançada oficialmente em julho, com o apoio do governo alemão e o entusiasmo de grandes empresas europeias.
Por Pedro Burgos
Fonte: Revista Super Interessante - 55 Tendências - Nº 269